Nas suas mãos a voz do mar dormiaNos seus cabelos o vento se esculpia
A luz rolava entre os seus braços frias
E nos seus olhos cegos e vazios
Boaiava o rasto branco dos navios.
(Andresen, S. de M. B. (2005). "A Estátua". No tempo dividido. Lisboa: Caminho. p´. 40
A luz rolava entre os seus braços frias
E nos seus olhos cegos e vazios
Boaiava o rasto branco dos navios.
(Andresen, S. de M. B. (2005). "A Estátua". No tempo dividido. Lisboa: Caminho. p´. 40
A Escultura
A escultura grega incidiu, sobretudo, na representação da figura humana e no estudo da morfologia do corpo humano. Desenvolveu-se em diferentes épocas, com caraterísticas que evoluiram, embora tenham mantido uma ideia base, que é a mesma que serviu a arquitetura, que era prestar culto aos deuses, dando-lhes uma representação cujo modelo era o Homem e por isso nelas vemos o que o caracteriza - pensamentos, ilusões, ambições, desejos.A escultura grega representava os deuses à semelhança do Homem, mas procurava ultrapassar a realidade, fazendo representações de como ele deveria ser e por isso vemos um cuidado muito particular com as proporções, os pormenores, as expressões, procurando exprimir mais uma vez o belo. Na escultura grega havia uma atenção ao valor transmitido pela estátua e assim todos os pormenores que perturbassem essa ideia geral eram eliminados e por isso são tão belas na expressão de humanidade que procuram nos dar.
A escultura do período mais antigo, chamado de escultura arcaica (do século VII até finais do séc. VI a. C.), predominam o jovem herói ou atleta, em que o corpo humano tem uma apresentação rígida, e onde verificamos expressões estáticas, sem grande emoção, apenas a ideia de realizar um movimento. Um dos seus exemplosé O Moscóforo, portador de bezerro.
A ecultura grega evoluiu para representações humanas por tipos e nunca encontramos nem representações de crianças, nem de idosos.
No início do século V a. C., a representação humana ganhou um maior equilíbrio das formas e uma maior capacidade de descrever o movimento, embora ainda com uma expressão de pouca emoção e de contemplar o que observa. É no final deste século que com o período que chamamos Classicismo e com um escultor Fídias, que a perfeição do corpo e do movimento se concretizam. São exemplos O Discóbolo de Mirón (figura acima), ou os frisos e os frontões em que os elementos naturais representados no Pártenon constroem a grandeza deste período. Estes valores na escultura grega atingem o seu expoente com Policleto e Praxíteles, já no século IV a.C., com uma harmonia graciosa das partes anatómicas, no primeiro e com uma exteriorização de emoções de grande valor plástico no segundo. São exemplos desta fase de expoente clássico, Hermes de Praxíteles e O Doríforo de Plolicleto. No retrato destaque para Lisipo que nos deu as expressões de individualidade de diferentes figuras, como o de Alexandre.
A última fase da escultura grega que chegará até à chegada dos romanos, vemos uma escultura marcada pelas dificuldades da vida humana, com uma expressão da tragédia e do sofrimento, com formas complexas, mas ainda de grande expressividade, no que ficou conhecido como o período do Helenismo.
Acompahamdo a escultura grega temos os baixos-relevos que seguiram as mesmas técnicas e fora feitas pelos mesmos artistas. Tal como na arquitetura, os baixos-relevos evoluiram de uma imagem esquemática, um modelo rigído para oferecerem um olhar natural, real, dando uma individualidade ao que está representando com a apresentação de elementos individuais que os caracterizam. Em toda esta arte, os gregos usaram um material de excelência, que existia nas ilhas do mar Egeu, justamente o mármore. Também trabalharam a madeira e o bronze. Conhecemos mal a escultura grega, pois poucos originais chegaram até nós. Alguns dos que conhecemos dão-nos o valor imaterial de uma civilização que se escreveu num determinado tempo com uma originalidade imensa.
A escultura do período mais antigo, chamado de escultura arcaica (do século VII até finais do séc. VI a. C.), predominam o jovem herói ou atleta, em que o corpo humano tem uma apresentação rígida, e onde verificamos expressões estáticas, sem grande emoção, apenas a ideia de realizar um movimento. Um dos seus exemplosé O Moscóforo, portador de bezerro.
A ecultura grega evoluiu para representações humanas por tipos e nunca encontramos nem representações de crianças, nem de idosos.
No início do século V a. C., a representação humana ganhou um maior equilíbrio das formas e uma maior capacidade de descrever o movimento, embora ainda com uma expressão de pouca emoção e de contemplar o que observa. É no final deste século que com o período que chamamos Classicismo e com um escultor Fídias, que a perfeição do corpo e do movimento se concretizam. São exemplos O Discóbolo de Mirón (figura acima), ou os frisos e os frontões em que os elementos naturais representados no Pártenon constroem a grandeza deste período. Estes valores na escultura grega atingem o seu expoente com Policleto e Praxíteles, já no século IV a.C., com uma harmonia graciosa das partes anatómicas, no primeiro e com uma exteriorização de emoções de grande valor plástico no segundo. São exemplos desta fase de expoente clássico, Hermes de Praxíteles e O Doríforo de Plolicleto. No retrato destaque para Lisipo que nos deu as expressões de individualidade de diferentes figuras, como o de Alexandre.
A última fase da escultura grega que chegará até à chegada dos romanos, vemos uma escultura marcada pelas dificuldades da vida humana, com uma expressão da tragédia e do sofrimento, com formas complexas, mas ainda de grande expressividade, no que ficou conhecido como o período do Helenismo.
Acompahamdo a escultura grega temos os baixos-relevos que seguiram as mesmas técnicas e fora feitas pelos mesmos artistas. Tal como na arquitetura, os baixos-relevos evoluiram de uma imagem esquemática, um modelo rigído para oferecerem um olhar natural, real, dando uma individualidade ao que está representando com a apresentação de elementos individuais que os caracterizam. Em toda esta arte, os gregos usaram um material de excelência, que existia nas ilhas do mar Egeu, justamente o mármore. Também trabalharam a madeira e o bronze. Conhecemos mal a escultura grega, pois poucos originais chegaram até nós. Alguns dos que conhecemos dão-nos o valor imaterial de uma civilização que se escreveu num determinado tempo com uma originalidade imensa.