A Educação Grega
A educação como um conjunto orientado e orgnizado de ideias para preparar um jovem para uma sociedade é uma ideia a que os gregos deram grande valor. As crianças até aos sete anos ficavam ao encargo da mãe, não utilizavam muito os espaços públicos, apenas a ágora e ao fim do dia. A partir dos sete anos a criança que fosse rapaz ia todo o dia para uma escola, onde eram sujeitos a experiências de aprendizagem intensas, pois a educação que lhes era dada contemplava os aspetos físicos, mas também intelectuais, artísticos e morais. Os gregos procuravam que os futuros cidadãos tivessem uma formação muito completa, para a sociedade que pretendiam construir e esta dependia de capacidades físicas, valores morais e aptidões intelectuais. Entre Atenas e Esparta registaram-se grandes diferenças.
Esparta
A educação em Esparta revela-nos uma ideia de cidade-estado muito diferente da de Atenas. Esparta construiu uma forma de pólis muito virada para a capacidade física. O teino, a provação de dificuldades físicas, a superação da dor, foram os seus ideais. A educação em Esparta era assim virada exclusivamente para formar bons soldados, capazes de fazer temer as polis rivais. O valor da aptidão intelectual, artísitica e moral não era muito importante em Esparta. Os habitantes de Esparta eram preparados sobretudo para a guerra. Os rapazes com alguma deficência física eram eliminadas e era o Estado que se responsabilizava pela educação "guerreira", a partir dos sete anos. Nesta educação destacavam-se os exercícios físicos, a leitura e o canto. As meninas eram ensinadas nas questões domésticas e aos vinte anos já tinham de marcar o seu casamento.
Em Esparta a organização da sociedade remetia os seus habitantes para um vida em ditadura, de obediência a um poder absoluto, com leis muito rígidas. A educação perseguia este plano e nunca se desviou desse objetivo. |
Atenas Atenas é um exemplo de uma cidade-estado que se distinguiu em muitos aspetos e também na educação. Educado desde muito jovem para ser um bom guerreiro, um viajante do Mediterrâneo e um pensador, um criador de ideias novas. A originalidade de Atenas passou também em parte pela educação. A educação do cidadão e do rapaz eram uma forma de elevar os valores de uma sociedade. A educação do espírito, a liberdade individual que permitia realizar escolhas eram objetivos desta educação completamnete diferente da de Esparta. Atenas lidou com a educação de forma diferente entre os seus diferentes períodos, pois ela desempenhava um papel de grande relevo na polis. Na fase que vai até ao século V a. C., ela era sobretudo feita com utilização de estudo da leitura, escrita e cálculo, passando o estudante por observar palestras, participar em exercícios no ginásio e em ter aulas de recitação de poetas e de expressão musical. A educação ateninense estava sobretudo virada para uma ideia artística e desportiva do futuro homem grego.
Entre os séculos V e IV a.C., o crescimento comercial de Atenas e o domínio sobre a Pérsia, obrigava que para uma melhor participação na democracia direta, se formassem jovens que com uma sólida formação ajudar a organizar a via da sociedade. A educação passou a privilegiar aspetos argumentativos e oratórios, assim como o estudo de noções de história, economia e direito. Aparecerem novos mestres e após os dezoito anos, eram eles que numa escola filosófica orientavam os adultos a serem cidadãos participativos na vida da polis. |